Blockchain – A tecnologia de dados que permeia mercados corporativos, envolve cripto moedas, inovação de sistemas e rompe fronteiras científicas
Para dizer que entende tudo sobre a tecnologia Blockchain é preciso muita cautela. Apesar de muita gente já conseguir entender bastante sobre ela, essa tecnologia de armazenamento de dados segue em constante desenvolvimento. A cada dia uma novidade. Um novo mercado a incorpora e um novo nicho se rende a esta ousada proposta de descentralização da informação, para compartilhar bases de dados e informações registradas no ecossistema digital.
A primeira vez que se ouviu falar em Big Date, por exemplo, ou pelo menos que a propagação do termo começou a aumentar, foi em 1997. De lá pra cá muita tecnologia, informação, compartilhamento de dados, sistemas e mais sistemas vinculados as novas tecnologias surgiram. Uma infinidade de coisas fora testada. A maior parte do conteúdo divulgado, foi no âmbito empresarial corporativo. Mas a ciência, cautelosa, estava conectada…
Em 2013 o dataísmo praticamente se “popularizou”. Agora é a vez do Blockchain.
Na palestra de Ana Paula Padrão, dentro da arena Mulheres do Amanhã, montada dentro do maior evento de mobilidade do mundo, o WTW 2019, a jornalista deu uma verdadeira aula sobre tecnologia; e, claro, falou em blockchain.
Dentro da palestra ela fez uma reflexão sobre uma outra, que ela mesma havia assistido: “… enquanto você está muito ocupado criando seus filhos e trabalhando, o mundo está andando. As coisas estão acontecendo. Alguém está controlando seus dados. Alguém está criando a biotecnologia. Fazendo isso avançar. Alguém está pensando na superconexão. Alguém está fazendo a super-inteligência-artificial. Depois não reclame!”
Ana Paula que é empresária, já atuou como repórter e editora, fechou sua palestra se desculpando pelo possível viés negativo que pode ter levado no tom. Mas, para os privilegiados que a assistiram, a conotação em nada parecia negativa. Realista sim e com nível altíssimo de embasamento.
A Tecnologia Blockchain e suas “múltiplas facetas”
Todas as faces do blockchain convergem para o armazenamento e registro de dados, com o objetivo de descentralização da informação. Em resumo é mais ou menos isso…
A proposta da tecnologia Blockchain é promover uma verdadeira revolução digital em todas as frentes de negócios. Por ser pautada em um sistema descentralizado que permite maior rapidez na transferência e troca de informações/dados com segurança, emitir qualquer documento, como uma certidão de nascimento será algo comum. A exemplo disso foi divulgado em junho de 2019 o nascimento do “primeiro bebê blockchain” do mundo. Em outras palavras, foi o recém-nascido que primeiro usou a tecnologia em seu registro neonatal.
A tendência é que no futuro todos os dados deste bebê, por exemplo, estejam configurados no sistema blockchain. Todos mesmos! Desde suas doenças, enfermidades, alergias, gostos e preferências, até suas informações profissionais. Enfim, todos os dados devidamente catalogados, registrados e documentados pela tecnologia Blockchain. Que quem sabe, irá sugerir que ele mude de canal por captar suas feições na tela…
Do ponto de vista empresarial, industrial e corporativo o Blockchain será usado em todos os departamentos. Desde um almoxarifado a uma central de logística. Desde a catalogação de produtos e serviços a reclamações e recalls.
Transações bancárias, financeiras e monetárias de todas as espécies, ao banco de e-mails e clientes. Não há fronteiras para a aplicação da tecnologia Blockchain.
Como já foi comentado, o interesse por estudar a obtenção de dados está caminhando desde a década de 90. Algumas teses, estudos científicos e acadêmicos apontam a necessidade de aprofundar o conceito de uma tecnologia que tomou um caminho sem volta.
Com o objetivo de criar uma base de índice global, segura e ágil, para todas as transações possíveis que acontecem em qualquer mercado, o blockchain tem um grande desafio pela frente: a regulamentação desta tecnologia! Afinal, é essencial que se coloque um limite ético entre o acesso e o controle dos dados. Independentemente de quais, e para qual uso será feito deles, é fundamental que se garanta o direito à privacidade humana.
Aqui cabe uma ressalva para lembrar da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados (nº 13.709/18). No Brasil essa lei regula atividades ligadas aos dados pessoais que as pessoas colocam espontaneamente na internet, bem como a forma como as empresas buscam por esses dados. A lei altera ainda os artigos 7º e 16º do Marco Civil da Internet.
Sabemos que, para conseguir melhorar os resultados da sua empresa no ecossistema digital, é preciso ter dados. Por isso, estamos ligados nas transformações e em como encontrá-los de forma ética.
Assim, para alcançar os objetivos e metas da sua empresa, se manter no mercado e acompanhar as inovações tecnológicas, algumas “lições de casa” precisam ser bem feitas.
Em época de tecnologia Blockchain se desenvolvendo com tamanha velocidade, fazer o básico do marketing digital é o mínimo que uma empresa precisa para tentar sobreviver nesse mundo de transformações…