Entender hábitos de consumo e outras características de diferentes gerações é relevante para o marketing e para os recursos humanos.
Dentro da comunicação digital, a geração Baby Boomers é como chamamos os usuários de internet que já passaram dos 60. Já quem nasceu em meados da década de 60, mais precisamente a partir de 1965, são virtualmente conhecidos por geração X.
A geração Y, também chamada de millennials, são as figuras nascidas a partir de 1980. Quem chegou ao mundo a partir de 2001, Geração Z ou a partir de 2010, Geração Alpha, podem ser chamados de filhos do século XXI.
Muita gente não entende a necessidade dessa separação. Mas, para o mercado, dividir as gerações dessa maneira contribui para o entendimento do perfil comportamental na hora de direcionar a comunicação. Porém, a idade nem sempre é fator determinante. Contudo, é uma segmentação que contribui em muitos aspectos.
Por exemplo, grande parte da geração Z almeja profissões que ainda não existem do ponto de vista da regulamentação. Há ainda a curiosidade da geração Alpha que, apesar de muito nova para pensar em “mercado de trabalho”, já tem sido observada como influenciadores em decisões de compras.
Os desafios dos Baby Boomers, X e Millennials têm sido, por exemplo, pensar a construção de um prédio, para uma atividade que ainda não existe ou uma infraestrutura que atenda a inovações futuristas. Precisa ter tomadas nas garagens para carros elétricos? Ou ainda, quantas tomadas serão necessárias em uma sala? Considerando que os equipamentos possuem cada vez mais conexão sem fio…
Como as gerações se comunicam
Apesar de toda essa interação virtual, a GenZ está bem conectada com as questões sociais e ambientais. Ou seja, apesar da vida digital, estão ligados às questões humanas.
Em uma pesquisa realizada pelo Google Consumer Survey, 85% dos participantes, homens e mulheres, com idade entre 18 e 25 anos, demonstraram predisposição quanto a causas ambientais, em prol da diversidade, de combate ao racismo, em defesa do feminismo e da desconstrução de estereótipos.
A geração Alpha, apesar de muito jovem, também tem influenciado o mercado pela busca de maior representatividade de consumo. Claro que nesse caso existe a influência dos pais e mães, millennials. Mas, quando uma criança com deficiência física, pergunta para a mãe porque naquela loja não tem uma boneca ou um boneco como ela, ela está usando o seu protagonismo para buscar a representatividade. Isso pode sim partir da criança naturalmente sem que haja influência.
Quando paramos para pensar sobre as particularidades das gerações, de como enxergam o mundo e o que esperam dele, os pesquisadores de mercado devem se questionar:
- Qual a linguagem?
- O que de fato os diverte?
- Como esses jovens se comunicam?
- O que influencia sua tomada de decisão?
- Quais são suas perspectivas de trabalho e de futuro?
- Como se relacionar com eles com ética, respeitando os limites legais?
- De que maneira o marketing e a publicidade vão conseguir atingi-los, tamanha autenticidade que essa geração demonstra?
- O que fazer para se destacar no meio digital?
O Universo digital tem se tornado cada vez mais predominante na relação entre as gerações. Apesar dos encontros pessoalmente, uma grande parte dos mais jovens da GenZ tem um grupo de amigos que são exclusivamente virtuais. Ou seja, grupos em chat de jogos, por exemplo, em que as pessoas ali nunca se viram pessoalmente; mas se consideram amigos.
Sem contar a relação de compra, pesquisas, troca de informação. Tudo online. Para os grupos que se encontram pessoalmente, antes de sair, certamente alguém do grupo já pesquisou na internet onde ir e compartilhou suas impressões com o grupo. Ah! E claro, por meio de Apps como whatsapp ou telegram.
Geração Z – Como chamar atenção e destacar nas redes
O tempo que se passa em frente às telas hoje é quase imensurável. Seja trabalhando, se divertindo com jogos ou assistindo vídeos e séries.
Isso é comum a todas as gerações. Smart TV, tablet, celular. Dos Baby Bommers a geração Alpha, cada um no seu canal de interesse, estão todos online. Até mesmo em situações ao ar livre, o mobile está sempre junto.
Para chamar atenção e se destacar é preciso saber o que influencia cada geração e suas tomadas de decisão. Ou ainda, quais argumentos usam para influenciar quem tem o poder de compra.
Autenticidade é a palavra da vez. Não à toa o mercado dos Youtubers tem crescido cada vez mais. A plataforma que mais tem influência sobre os jovens da GenZ em 1º lugar é o youtube e em 2º o Instagram. Mas isso é algo que pode mudar a qualquer momento, pois a dinâmica dessa galera não segue uma lógica linear.
As marcas não têm mais tanta relevância como antigamente. Não pra essa turma que preza mais pela sustentabilidade, autenticidade, perspectivas de futuro e a verdade. Se uma marca apresenta essas características, conquista. Mas se vacilar, perde facilmente a atenção dessa turma que, sobretudo, se comunica em uma velocidade incrível.
Esse ecossistema digital faz com que um jovem que não goste de determinado artista ou marca, por exemplo, conheça sua música nova diante dos comentários feitos por um youtuber que ele segue. Ou, fique sabendo de uma ação interessante encabeçada por tal marca, também em um vídeo, que não é um anúncio, nem “merchan”… Entendeu?
Por isso grandes corporações cada vez mais usam Youtubers como influencers digitais. Sim, funciona. É o ecossistema formando uma teia que se conecta com estratégia.
Perspectivas de futuro também é um assunto que atrai e também promove bom alcance e presença digital para as marcas.
Atualmente, a polarização política fez com que questões sociais e ambientais subissem no ranking de interesse dos Millennials e da Geração Z.
Nem só de games e tecnologia gira o interesse dos jovens da geração Z. Não à toa nomes como Greta Thunberg, Emma González e Malala Yousafzai são bem conhecidos entre a turma dos 16 aos 24 anos.
Então, por exemplo, quem pretende fazer um evento para atingir esse público, deve tentar unir temáticas como ação social do evento, sustentabilidade e tecnologia. Com essas três, certamente o primeiro clique da geração Z, para saber mais sobre o evento, está garantido.
É importante ressaltar que essa geração tem sido protagonista de suas histórias. E, com muita criatividade, desenvolvem mecanismos próprios de momentos ‘fun’. Gostam de assuntos relacionados à educação e cultura, e adoram quebrar tabus. Afinal a desconstrução está intrínseca desde que nasceram.
Perspectivas de trabalho e futuro
Os jovens da Geração Z, em especial os que estão na faixa de idade entre 18 e 25 anos também estão engajados com as questões políticas, econômicas e sociais.
Esse envolvimento se dá pelo fato de terem crescido em meio a uma crise global que envolve economia e questões ambientais. Crise essa que tem se acentuado com o passar do tempo refletindo diretamente na vida e projeções futuras. Em outras palavras, foi uma turma que ouviu muito o termo “crise econômica global” e resolveu se inteirar do que significava.
Por serem da mesma geração dos mais jovens (menores de 18 anos), no contexto de subdivisões apresentados aqui, influenciam e tornam movimentos coletivos cada vez mais fortes.
Essa galera tem demonstrado grande conhecimento e preocupação com o futuro do trabalho e com isso estão buscando novos modelos, que garantam direitos, mas que também lhe permitam liberdade. Por isso, muitas das perspectivas são por trabalhos que ainda não se encaixam nas expectativas.
A insegurança em não ter emprego ou propósito, leva essa geração ao pensamento coletivo. Uma das grandes preocupações identificadas na pesquisa do Google Consumer Survey é quanto à solidão e ligada a questões ambientais.
Ter um negócio próprio ou estar ligado a alguma atividade coletiva se destaca entre o conceito de sucesso da GenZ.
- Para pouco mais de 6% dos entrevistados considera ter férias permanentes como sinal de sucesso.
- Entre 13% e 15% considera que viajar com frequência, ter um cargo importante e ter dinheiro, são fatores de realização pessoal.
Ter um negócio próprio lidera a visão de futuro com 33%, enquanto 19% pretende trabalhar com causas sociais ou ecológicas.
Relacionamento digital – como nutrir um lead da Geração Z
Para que o marketing e a publicidade consigam atingir essa geração e se destacar no universo digital, estabelecendo uma relação com esses jovens, as dicas são:
- Marketing de Inclusão
- Atuar com Valores Humanos
- Comunicar com Autenticidade
- Trabalhar Apenas com a Verdade
- Se Posicionar em Causas Coletivas
Cada vez mais essa turma está engajada com o que é coletivo. Para eles o que importa são marcas que estejam preocupadas com o futuro deles. E que, para além da preocupação, estejam fazendo alguma coisa de fato.
Com isso é possível perceber que os jovens buscam marcas que se posicionam politicamente quanto a causas e políticas públicas. O que é completamente diferente de achar que estão querendo um posicionamento quanto a políticos e partidos. É preciso separar as coisas para que fiquem claras.
Algumas causas que mais geram o envolvimento da Gen Z são:
- Valorização da pluralidade do conceito de Família
- Respeito à Diversidade humana
- Preservação e recuperação do Meio Ambiente
- Direitos sociais e Apoio a Cultura
- Agrofloresta, alimentação saudável e Saúde Mental
Para o mercado de tecnologia e games é fácil atrair a atenção dessa geração pois é um assunto que já os interessa. Mas, se seu negócio não está ligado a isso, falar sobre esses outros assuntos vai chamar a atenção desses jovens. Desde que seja feito de forma honesta e verdadeira. Afinal, assim se faz um relacionamento real!
Para conseguir a atenção dessa turma, se conecte com o que importa para eles e conquiste aliados!
A GenZ são jovens adultos com personalidade forte. Que se identificam com marcas que compartilham dos mesmos valores que o deles.
Ah! E, não tente ludibriá-los. Certamente o estrago que eles podem fazer com a sua marca no ecossistema digital é sem precedentes. Viraliza!
No nosso time, Millennials e GenZ trabalham juntos para levar cada vez mais inovação, informação e resultado para os nossos clientes; que vão desde os Baby Boomers a Geração Alpha que quer começar um canal no Youtube. Se você tem um projeto, conte com a Santa Fé/FALOMI para te ajudar a divulgá-lo.