Vídeos – A ferramenta de Marketing Digital que mais converte

Usado com estratégia os vídeos são considerados uma ferramenta poderosa pela equipe de marketing. Mas sozinhos, não fazem milagre.

O vídeo já passou da fase de tendência para ser uma ferramenta consolidada do marketing digital. Quem não usa está atrasado. Com quase 2 bilhões de usurários, o Youtube tem uma audiência superior as três maiores emissoras de TV dos Estados Unidos juntas. Os dispositivos móveis representam 70% do meio por onde os vídeos são assistidos.

São 300 horas de vídeo por minuto subindo para a plataforma. Se deixasse de ser alimentada hoje, uma pessoa precisaria de mil anos para consumir todo o conteúdo do Youtube.

Camilo Coutinho, estrategista de vídeo para marketing digital, deu uma verdadeira aula no RD On The Road em São Paulo no mês de junho deste ano. “Sem estratégia seu vídeo é só mais um. Faça um roteiro!”

Muitas empresas investem pouco ou quase nada em conteúdo de vídeo por entenderem que o Facebook Ads, por exemplo, pode trazer um resultado de venda mais rápido. Porém, apesar do resultado ser de médio-longo prazo, o vídeo é um material que se perpetua e gera maior valor.

As tecnologias estão cada vez mais aceleradas. O vídeo é uma ferramenta de comunicação usada para auxiliar a equipe de marketing na campanha publicitária que pretende gerar venda!

Como ter um canal de destaque no Youtube?
  • Segmentação! Trabalhe com nichos.
  • Cuidado com a métrica da vaidade. O número de visualizações e de seguidores nem sempre te traz engajamento e conversão.

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Vídeo – Produção de Conteúdo

Se seu concorrente não faz, ótimo, seja pioneiro. Se seu concorrente faz, faça também e busque meios para fazer melhor.

O foco aqui é uma empresa fazendo vídeo para projetar a marca no ecossistema digital e não lançar um youtuber; Apesar de muitas das informações serem aplicáveis para quem queira montar um canal com esse viés.

Direcionado para negócios, o objetivo do vídeo é ajudar pessoas a resolver problemas. O que o nicho que você pretende impactar procura? Essa é primeira pergunta que seu conteúdo deve responder!

Segmente, estude bem o nicho e conquiste o share of heart. O objetivo não é falar e sim ser ouvido. Em outras palavras, o planejamento de conteúdo para vídeos segue a mesma lógica das outras mídias. O foco é o que o seu público quer ouvir e ver e não o que você quer falar.

Conteúdo direcionado por dados serão mais assertivos, atrativos e eficientes para os nichos do que o conteúdo mainstream*. As métricas ajudam os criativos. Os dados e as pesquisas, auxiliam nos insights, a entender sobre cores que engajam, palavras que devem ser evitadas, entre outros elementos.

*mainstream – conteúdo genérico que está em alta sem nicho específico.

Como desenvolver um conteúdo de vídeo que resulte em conversão?

Comece fazendo um checklist.

  • Faça uma pesquisa de interesse.
  • Identificado o interesse. Pesquise sobre o assunto.
  • Fale sobre algo que tenha propriedade, autoridade e segurança.
  • Aponte um problema e traga a solução. Foque na solução!
  • Faça um Roteiro.
  • Defina o Título e as Thumbs.
  • Produza um projeto piloto.
  • Crie um ciclo de divulgação.

Segundo Coutinho, “uma pesquisa da Bright Cove apresentou o dado de que o vídeo tem uma taxa conversão 1200% maior que um blog post ou uma foto. Uma Landing Page tem 7 vezes mais força quando tem um vídeo”.

A qualidade do conteúdo do seu vídeo e a integração com as outras plataformas e ferramentas é que vão ampliar a visibilidade e a conversão. Por exemplo, um vídeo no meio de um blog post certamente vai ajudar a aumentar a conversão.

Se profissionalizar e encontrar cursos que melhore a dicção, para quem será o interlocutor do vídeo faz parte do processo. Caso falte recurso, não use isso como desculpa. Converse com o espelho. Treine!

Fazer vídeo não foi ensinado na escola, então, aperfeiçoar é questão de tempo. Já existem palestras, cursos, workshops, etc. De novo. Se estiver sem recursos, apenas comece!

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Vídeos – Estratégia & Investimento

O objetivo do seu conteúdo deve ser direcionado. Fazer conteúdo “de baciada” pra fazer número e ter visualização, não traz resultado. Em outras palavras, quantidade sem relevância ou métrica de frequência não é estratégia.

Para produzir um bom conteúdo, faça roteiros e se possível monte um projeto piloto. Ah! Use sempre sua palavra chave principal:

  • No Título do Vídeo – Foque nos primeiros 60 caracteres
  • Na Descrição – O máximo são 5000 caracteres – Use no mínimo 2000
  • Nas Tags¹ – 500 caracteres. Use todos!²
  • Na Legenda

O investimento é realmente maior porque envolve roteiro, iluminação, câmera, enfim, toda infra que vai além da produção de um anúncio que, quando bem feito, se sustenta. “O youtube não te derruba como pode acontecer em uma campanha de Facebook Ads”, comentou Coutinho em uma entrevista no RD Summit.

  • Faça. Grave.
  • Segmente e direcione seu conteúdo.
  • Desperte a curiosidade com criatividade.
  • Integre as redes – esteja onde sua persona está. Sozinho o vídeo não faz milagre.
  • Invista na qualidade – diferentes formatos e linguagens para as diferentes redes.

Fazer um vídeo no Youtube e publicar no Face ou no Insta, por exemplo, pode ser uma maneira de economizar recursos, mas não te destaca no feed! A edição, a linguagem e o formato também vão influenciar no engajamento e na conversão.

Um vídeo para stories é vertical, prático e mais dinâmico do que algo produzido para a timeline do Facebook que, por sua vez, é quase um bate papo, ou seja, uma interação com outro ritmo.

Quando a pessoa está no mobile, no momento scroll, são 3 segundos para conseguir chamar a atenção, fazê-la parar e clicar no seu conteúdo. Tenha uma estratégia. Pare o scroll. Chame atenção!

¹ Tags não são hashtags. Tags são palavras chaves de busca. Existe um campo específico para elas no administrador do canal.
² Dica do Camilo Coutinho no RD On The Road SP – Para ajudar a completar as Tags, use o VidIQ 😉

Vídeos & Lives

Para Camilo Coutinho, 2018 não foi o ano dos vídeos, foi o ano das Lives. Por permitirem outro tipo de interação, são mais dinâmicas, geram engajamento e conquistam o share of heart”. “Dizer que o vídeo é tendência é ignorar muita coisa…”

Para começar o investimento em Lives, no início, o custo é bem menor. À medida que sua demanda aumenta e as contrapartidas dos resultados crescem, a estrutura, por estratégia, deve acompanhar esse crescimento.

As quatro etapas das estruturas de Lives aprendidas por Coutinho com Luria Petrucci foram:
  • Etapa 1 – Use o celular e comece!
  • Etapa 2 – Nessa fase junto ao celular chega o trio: luz, microfone, tripé.
  • Etapa 3 – Aqui a base começa a se estruturar e as lives são feitas a partir de um computador.
  • Etapa 4 – Por fim, chegamos a uma infraestrutura de um estúdio!

Invistam em vídeos! Gravados ou ao vivo o que vai definir isso é o planejamento estratégico, que pode inclusive mesclar os dois formatos.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais

Se sua empresa tem condições, invista em um tradutor profissional de Libras no canto do vídeo. São mais de 8 milhões de deficientes auditivos no Brasil. Até 2050, segundo a OMS, serão mais de 900 milhões de pessoas no mundo com problema de surdez.

Existem muitas particularidades e diferenças entre a linguagem escrita e a Língua de Sinais. Por exemplo: para dizer “você é bonito” na Libras usam-se dois sinais “você” – “bonito”; o “é” fica perdido na frase. Neste exemplo pode acontecer da pessoa que está lendo a legenda colocada no vídeo demore para entender o que o verbo representa. Ao passo que se fosse um tradutor de libras no canto do vídeo traduzindo o que o interlocutor está falando, a pessoa com deficiência auditiva entenderia instantaneamente.

Claro que a legenda no vídeo ajuda e é importante, mas para ser realmente inclusivo é preciso entender as diferenças e as particularidades.

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Funil do Vídeo

A lógica da comunicação, neste caso, é similar à do blog. Trabalhe com nichos de mercado. O funil do vídeo apresentado por Coutinho no RD On The Road SP segue uma lógica após o seu ecossistema.

Ecossistema

O que as pessoas procuram – O que você oferece – Conteúdo relevante – Estratégia de distribuição do conteúdo – Mensurar os resultados (o que foi bom e o que foi ruim – para melhorar nos próximos)

Funil 

Conteúdo será pautado pela pesquisa
Os cliques serão atraídos pelos títulos e thumbs
A experiência da visualização vai depender de uma boa edição
O whatchtime será maior se tive um bom roteiro que o entretenha
O ranqueamento será consequência do uso estratégico das ferramentas de otimização

Ranqueamento e Otimização

Descrição não é legenda e linguagem robótica não engaja. Para indexar no Google é preciso escrever; só assim o “robozinho” irá saber o conteúdo do seu canal e dos seus vídeos.

Tenha uma palavra chave principal e outra secundária relacionada para usar na otimização sem que o texto fique repetitivo e robótico.

Otimizar o vídeo não é repetir a palavra chave. Inclusive isso pode gerar penalidades se o Google entender que você está tentando burlar as regras.

Comentário Ranqueia: o número de visualizações não é um elemento de ranking. Então é preferível ter menos visualização e mais comentários. Fazendo uma analogia com uma loja física, é como se entrassem 10 pessoas na sua loja e ninguém comprasse e na outra entra uma pessoa entra e compra!

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Trabalhe com a verdade para a otimização funcionar. Se usou um título chamativo e uma Tag que está em alta só para ter visualização, isso pode ser um “tiro no pé” e gerar unscribe. Use os mecanismos de otimização com coerência. Ou seja, o conteúdo do vídeo deve ser condizente com o que está escrito.

Faça um trabalho humano. A inteligência artificial pode ser usada a favor, mas o fator humano ainda é um grande diferencial para alcançar pessoas e gerar identificação.

A estratégia deve integrar as ferramentas. Fazer só o vídeo é como fazer uma “vitrine perfeita e não abrir a porta da loja”.

A voz é “a bola da vez”. Use podcast. É uma ferramenta que está em forte ascensão. A busca por conteúdo de voz tem crescido. Ganham os vídeos e os podcast! Saiba o que a sua persona quer e em que formato e assim, alcance seus resultados!

Como bem disse Camilo Coutinho “ela não quer seu produto. Quer viver a experiência que seu produto proporciona!”